Melgaço promove “Quinzena da Igualdade”

De 25 de novembro a 10 de dezembro
Portugal está nos primeiros 20 postos en Igualdade de Xénero a nivel europeo.

Melgaço | De 25 de novembro a 10 de dezembro, o município de Melgaço promove a “Quinzena da Igualdade”: a ação arranca no dia em que se comemora o Dia internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro) e culmina no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro). Sensibilizar a população em geral para as questões da Igualdade de Género é o propósito da iniciativa.

Durante os 15 dias, Melgaço quer sensibilizar para a igualdade de oportunidades, dos direitos e deveres de todos, independentemente do género. Uma tertúlia, que reunirá a Comissária para a Igualdade do município de Arcos de Valdevez, Manuela Melo, a Presidente da Assembleia Municipal de Melgaço, Fátima Pereira, e as vereadoras do município melgacense Fátima Táboas e Sónia Trancoso; um jogo de futebol onde participarão equipas mistas de clubes do concelho; e uma Noite de Fados são as ações propostas pela autarquia.

Durantes os vários momentos serão distribuídos crachás e t-shirts alusivos à ação e com a mensagem “Toda a gente sabe que o lugar da mulher é onde ela quiser”, da autoria da Rede Europeia Antipobreza – EAPN Portugal no âmbito da Campanha Nacional 2021 “O Discurso do Ódio Não é Argumento”.

Programa
Tertúlia “A Participação das Mulheres na Vida Autárquica”
2 de dezembro, 18h00, Salão Nobre da Câmara Municipal de Melgaço
Comissária para a Igualdade do município de Arcos de Valdevez, Manuela Melo
Presidente da Assembleia Municipal de Melgaço, Fátima Pereira
Vereadora da Educação do Município de Melgaço, Fátima Táboas
Vereadora do Município de Melgaço, Sónia Trancoso

Jogo de futebol de equipas mistas (clubes locais do concelho)
3 de dezembro, 21h00, Pavilhão Gimnodesportivo do Centro de Estágios de Melgaço

Noite de Fados
4 de dezembro, 21h30, Casa da Cultura de Melgaço

Índice da Igualdade de Género 2021
De acordo o relatório deste ano do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) é na partilha e no uso do tempo que o EIGE entende que as desigualdades de género são mais acentuadas. De acordo com esta entidade, só 10% das mulheres com mais de 15 anos pratica atividades desportivas, culturais ou de lazer, contra 20% dos homens, e 78% das mulheres com mais de 18 anos cozinha ou faz tarefas domésticas todos os dias, contra 19% dos homens.

O Relatório dá nota que Portugal apresenta um aumento no número de mulheres com cargos de decisão política, mas que na esfera económica os homens continuam a destacar, e que se destaca na área da saúde, o foco do índice deste ano, apresentando o melhor desempenho de todos os países, com 84.8 pontos. No entanto, nesta área, o EIGE revela que as mulheres apresentam pior saúde e sem melhorias nos últimos tempos.

Cartaz do evento.

A saber:
Portugal subiu um lugar no “Índice da Igualdade de Género”: desde 2010, ano que o EIGE começou a fazer este ranking, Portugal conquistou quatro lugares, mas continua ainda abaixo da média da União Europeia. Está agora na 15ª posição: num máximo de 100 pontos, Portugal conquistou 62.2 pontos, 5.8 pontos abaixo da média europeia.

O pior desempenho de Portugal é nos usos e partilhas do tempo, na qual consegue apenas 47.5 pontos, abaixo dos 61 pontos da média da União Europeia. Onde Portugal apresenta melhores resultados desde 2010 foi na área do “poder”, tendo somado mais 18.7 pontos nestes 11 anos até alcançar os 53.6 pontos no ranking de 2021. “Esta mudança é devida às melhorias consideráveis nas subcategorias da política e da economia desde 2010 (mais 20.7 pontos e 27.5 pontos, respetivamente)”, atenta o EIGE.

Por outro lado, Portugal registou menor evolução na categoria “dinheiro”: caiu dois lugares desde 2018, tendo 8.8 pontos abaixo da média europeia, ficando em 21.º lugar. A categoria do “trabalho” é a única onde Portugal está acima da média europeia, tendo conseguido um total de 73.2 pontos, acima dos 71.6 da média dos 27.

O EIGE realça ainda que o fosso de género no emprego em Portugal continua por resolver, nomeadamente que as mulheres, especialmente as mais velhas e as que vivem sozinhas, ganham menos do que os homens, a segregação de género na educação continua alta e que as mulheres continuam a ser sobrecarregadas com o trabalho doméstico e/ou de cuidado.