Atos de violência na escola EB23/S em Valença promove reunião de emergência

Resultaram feridas duas funcionárias e dois alunos de 13 e 16 anos
Não é primeira vez que a Escola EB 2,3/S de Valença, com mais de 800 alunos, e recentemente alvo de obras de requalificação de 3,2 milhões de euros, é palco de violência.

Valença do Minho | Foi registado, na passada sexta-feira, dia 26 de Novembro, mais um episódio de violência no interior das instalações da Escola EB 2,3/S do Agrupamento “Muralhas do Minho” de onde resultaram feridas duas funcionárias e dois alunos de 13 e 16 anos.

Ao que tudo idica o episódio terá começado numa discussão entre dois grupos de alunos nos arredores da cantina da escola, tendo duas funcionárias intervindo para pôr cobro à discussão. No entanto, ao tentar separar os estudantes, também acabaram por ser agredidas e sofrer vários ferimentos.

O INEM foi chamado de modo a prestar assistência aos feridos. Os mesmos foram conduzidos para o Hospital Distrital de Viana do Castelo, devido aos ferimentos apresentados.

A GNR, registou a ocorrência e está agora a investigar o caso tendo referido que será elaborado o respetivo auto de notícia, que será enviado ao Ministério Público, a quem compete decidir sobre o desenvolvimento do processo.

Com carater de emergência, foi realizada uma reunião onde estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, o Vereador da Educação, Arlindo Sousa, a Direção do Agrupamento de Escolas “Muralhas do Minho” e a Associação de Pais e Encarregados de Educação.

Nesse encontro, foi abordado o gravemente sucedido e discutidas soluções para erradicar o clima de insegurança constante vivido na comunidade escolar, que tem vindo a ser recorrente nesta escola e que frequentemente envolvem um grupo de alunos à muito sinalizados e identificados. O Município de Valença garantiu, como medida imediata, o reforço da segurança do meio escolar através da contratação de um serviço de segurança privada.

Além disso, o executivo municipal irá convocar, no início da próxima semana, com caráter de urgência, o Conselho Municipal de Educação, onde as entidades responsáveis avaliarão novas ações a desenvolver para garantir as condições de segurança exigíveis para a sã convivência entre alunos, professores e auxiliares e para o bem-estar da comunidade educativa e população em geral.

Historial de Violência
Não é primeira vez que a Escola EB 2,3/S de Valença, com mais de 800 alunos, e recentemente alvo de obras de requalificação de 3,2 milhões de euros, é palco de violência.
Em outubro de 2019, mais de 100 pessoas, entre professores, pais e auxiliares, participaram num cordão humano exigindo uma escola mais segura.

Esta ação decorreu na sede do Agrupamento de Escolas “Muralhas do Minho”, na sequência da alegada agressão por encarregados de educação de uma aluna a dois professores e dois auxiliares de ação educativa.

Na altura, aos jornalistas, uma das professoras agredidas referiu a existência de “alguns casos” de violência envolvendo encarregados de educação e “invasões” do estabelecimento de ensino que, por esse motivo, passou a estar “protegido por portões automáticos”.
Antes, em 2016, a direção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, foi confrontada a ameaça com arma branca de um aluno a outro no recreio do estabelecimento de ensino.