A nação galega no seu dia grande.

Compostela, como muitas cidades e vilas galegas, viram neste ano dúzias de manifestações populares em defensa dos direitos cidadãos, em protesta contra decisões do governo (autonómico ou central) idioma, ecologia, mineria, sanidade e educação públicas, o sem sentido de Altri; pois pese á incomodidade criada por tanta manifestação o Dia da Pátria Galega voltou a convocar uma moitedume de galegos/as sensibilizados com as necessidades e dignidade de um pais, reivindicando a nação.

A manifestação cobriu praticamente todo o trajeto, até chegar á Praça da Quintana, incapaz de acolher tanto pessoal em marcha pola soberania. Ana Pontón no seu parlamento reclamou o BNG como casa comum dos galegos e das galegas, pensar numa Galiza em grande, acrescentando que a sociedade galega cambiou e quere uma Galiza mais dona de si, mais prospera, mais avançada e mais feminista.

Uma Galiza orgulhosa de si saiu á rua e copou toda a cidade, ruas, bares, estabelecimentos hoteleiros e especialmente a Carvalheira; delegações politicas do Estado espanhol e estrangeiras convidadas foram vitoriadas polos assistentes, especialmente a de Palestina. Sentiu-se o latejo do coração dos galegos e residentes, da gente do povo que levam na cabeça e no espírito a Galiza.

“Uma Galiza orgulhosa de si saiu á rua e copou toda a cidade”

Entanto que fazia a Galiza institucional? O presidente da Xunta, atuando como delegado régio (temos um rei?) na tradicional oferenda ao Apostolo Santiago, no seu rotineiro bilinguismo harmônico, reivindicava recuperar a integridade e o respeito á lei na Espanha manchada por práticas impróprias de pessoas decentes (alguém dixo que neste treito ficou vermelho), menos mal que o Arcebispo defendeu emigrantes, refugiados e palestinos e a alcaidessa retomou a Castelao.

O Presidente do bilinguismo harmônico é o que rejeitou que se empregasse o idioma galego no Congresso, no Senado e no Parlamento europeu A ele sim que teríamos que rejeitá-lo para lavar a vergonha de que despreciara e ofendera de esse modo a nosso idioma, mentras os Presidentes das outras duas nações com idioma próprio, Catalunya e Euskadi, incluíam nas petições a favor de seus idiomas o nosso. O Presidente, delegado régio, que ofertou a Leonor de Borbón a medalha de ouro de Galiza (sem cumprir os méritos que exige a sua concessão, seus méritos ao serviço de Galiza, também num breve parlamento de bilinguismo harmónico, parece que são a morrinha e os furanchos); houve que habilitar um dia apropriado para a princesa (fora do marcado tradicionalmente) pois ao resultar-lhe pouco cômodo o que correspondia, tal vez recusaria a distinção (que não acredito lhe importe demasiado) privando ao Sr. Rueda de um dia mais de submissão ao centralismo.

Para rematar, alguém se parou a analisar o comportamento dos monarcas (sucessores de Franco) que despreciando a Universidade e o sistema docente espanhol, mandam ás suas filhas a realizar tanto estudos médios como superiores no estrangeiro, com claro descrédito para estas instituições, que não parecen ser de suficiente qualidade docente para a Monarquia?; pois se não o consideram suficiente que se marchem.

Quinta do limoeiro, julho 2.025.

Advogado. Ourense - Vigo - Porto

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