PSD: Empresários do Alto Minho “esmagados” por impostos

Candidatos em contato com a população e o comércio local

Alto Minho | Os candidatos do PSD, pelo Alto Minho, estiveram, 2ªfeira, em Ponte de Lima, em contato com a população e o comércio local e sentiram que “os empresários estão esmagados pelos impostos e querem alternativas”.

“Temos de uma vez por todas começar a criar esperança para as empresas e para as famílias”, referiram os candidatos.

“É fundamental que as empresas – e o comércio – tenham capacidade para continuarem a sua atividade e fazerem investimentos. Nós queremos combater a desertificação do Alto Minho, e o emprego é uma das questões estruturantes para que tal aconteça”, disseram ainda.

O contato com a população permitiu ver aos candidatos que o PSD é realmente a alternativa que os limianos pretendem. “Fomos muito bem recebidos. As pessoas vinham até nós para falar. O que o presidente da Câmara, CDS, de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, disse, em declarações a um semanário, é verdade: os limianos são na sua maioria apoiantes do PSD”, concluíram os candidatos.

Emprego e Habitação para os mais jovens
Emprego qualificado e uma nova política de habitação são duas das prioridades que os deputados do PSD consideram prioritárias para fixar e atrair jovens para o Alto Minho. Hoje, oficialmente o PSD arrancou a sua campanha no distrito com um dia dedicado à juventude que contou com a presença do Presidente da JSD nacional, Alexandre Poço.

“A juventude do Alto Minho precisa ter postos de trabalho de qualidade em conformidade com as suas qualificações – pois cada vez temos mais jovens licenciados – para os fixar na região que está a sofrer um despovoamento brutal”, disseram os sociais-democratas.

“Precisamos de cuidados de saúde, creches entre outros serviços, mas precisamos que eles tenham acesso a uma habitação. Um jovem que comece a ganhar mil euros não consegue suportar a sua habitação. Os nossos jovens precisam urgentemente de novas políticas nesta área”, disseram à margem de uma iniciativa organizada pela JSD que, simbolicamente, quis alertar para a questão ambiental das plantas invasoras que se tem tornado um problema no distrito.

O líder da JSD nacional, Alexandre Poço, referiu que “os jovens são, provavelmente, aqueles que mais sofrem da estagnação – e da quase falência – do nosso modelo de crescimento económico ao longo dos últimos 20 anos”, maioritariamente governados pelo PS.

“Quase um terço quer emigrar, quase três quartos recebe menos de 900 euros por mês, com dificuldades de arrendar casas. O projeto de vida, dos jovens, tem estas barreiras infra estruturais que impedem a emancipação e impedem a concretização da expectativa de vida que todos temos”, disse ainda.

De relembrar que a lista do PSD pelo distrito de Viana do Castelo tem um elemento da JSD em quarto lugar, claramente elegível, ao contrário de outros partidos. Algo que para José Lago, o candidato em causa, demonstra a importância da juventude nas questões estruturantes, para o partido, no Alto Minho.

“Não vislumbramos nenhuma política socialista que combata a fuga dos jovens no distrito – e que permita atrair novos residentes – e estamos a perder população em grandes passes pelo que temos de, urgentemente inverter esta situação”, disse o candidato.

PSD alerta para “Omissões Gravíssimas” na ligação da A3 a Paredes de Coura
Paredes de Coura tem em construção uma ligação à A3, “pela qual os deputados do PSD lutaram para que isso acontecesse, pois era uma das grandes prioridades rodoviárias dos últimos 20 anos e cuja obra está em curso com a terraplanagem.

“Infelizmente e de forma incompreensível, detectamos omissões gravíssimas porque, no projeto, se esqueceram de coisas óbvias como, por exemplo, que essa ligação fazia o atravessamento do gasoduto e dos Caminhos de Santiago”, denunciaram os candidatos do PSD, durante a visita que fizeram ao concelho de Paredes de Coura.

“Hoje a obra não está parada, mas está com um ritmo muito lento, e o povo já começa a dizer que lá para 2025 a obra estará concluída, com um aumento do valor da empreitada a poder ultrapassar os 50 por cento, o que é inconcebível”, alertaram.

“Para fixarmos população no interior e nos territórios de baixa densidade, não podemos andar sistematicamente a aplicar medidas paliativas do empreendedorismo, de apoio ao primeiro emprego, temos que ter muito mais que isso. Temos que ter garantias que nestes territórios, não só podemos ter uma vida profissional e social ativa e, sobretudo, em segurança. Isso não se faz com o encerramento de farmácias à noite, nem muito menos com obras que se projetam em cima das eleições, com graves lacunas, que originam atrasos que põem em causa as expectativas para o território”, acusaram os candidatos.

Outro exemplo “disso mesmo”, apontado pelos deputados, é o portinho de pesca de Vila Praia de Âncora em que o “Governo fez o desassoreamento, com pelo menos dois anos de atraso, e não fez qualquer correção técnica da obra que é necessária, pois sem ela a areia extraída volta a depositar-se tornando praticamente impraticável a entrada e saída das embarcações dos pescadores”.

É uma “ilusão” que o Governo tenha investido 32 milhões na recuperação das escolas do Alto Minho
“O que o PS anda a afirmar, em campanha no Alto Minho, de que este Governo investiu 32 milhões de euros na requalificação de escolas do distrito é uma ilusão que tem de ser desmascarada. O grosso do investimento foi feito pelas autarquias recorrendo aos fundos do Portugal 2020.  O Governo, através do Orçamento do Estado, apenas contribuiu com 7,5% do investimento”, denunciou o cabeça de lista do PSD pelo distrito de Viana do Castelo.

“Andam de megafone propagandista a dizer que fizeram o que não fizeram. As autarquias é que priorizaram estes investimentos no seu território. Quando Brandão Rodrigues fala de 32 milhões, na realidade são apenas 7,5 por cento disso”, afirmou Jorge Mendes.

“Mais grave ainda é que estas verbas vieram dum investimento previsto pelo Governo de Passos Coelho, quando negociou com Bruxelas, no âmbito do Portugal 2020, a necessidade de requalificação das escolas secundárias, na época propriedade do Estado. Como este não tinha capacidade orçamental para realizar estas obras, com décadas de atraso, transferiram-se para os municípios, de forma a poderem aceder aos Fundos da UE, apoiadas em 85%”. “Lamentável é que o governo PS não tenha assumido o restante financiamento (15%), ficando-se pelos 7,5%, contrariamente ao pré-acordado em 2014”, acrescentou o cabeça de lista do PSD.

“O que os socialistas fizeram foi reduzir para metade o apoio do governo, obrigando as autarquias a um maior esforço financeiro”, garante Jorge Mendes. “O mesmo aconteceu com os investimentos de combate ao abandono escolar, realizados totalmente pelos municípios com apoio da UE, truque da ‘barriga de aluguer’’, implementado nas negociações do Portugal 2020 para financiar a educação em Portugal, dada a bancarrota que o país vivia à época”, conclui o social democrata.