Mata Nacional do Camarido vai ser valorizada num investimento de cerca de 62 mil euros

Executando candidatura no âmbito da Melhoria da Resiliência e do Valor Ambiental das Florestas

CaminhaDecorreu ontem uma visita à Mata Nacional do Camarido, com o objetivo de dar conhecer as obras de gestão e ordenamento florestal que estão a ser desenvolvidas pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. A visita foi acompanhada pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, Paulo Catarino, diretora do ICNF e presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha. Durante a visita foi anunciado que a Mata do Camarido vai ser alvo de mais uma “intervenção estruturante” através da execução da candidatura apresentada à operação 8.1.5. (Melhoria da Resiliência e do Valor Ambiental das Florestas) ao programa PDR2020, que irá envolver 80 hectares, num investimento de cerca de 62 mil euros, cujos trabalhos deverão começar em outubro.

Sobre a nova candidatura, Miguel Alves referiu “esta candidatura vai-nos permitir chegar a um conjunto de áreas que, na conjugação com o trabalho já feito, irá permitir uma intervenção na plenitude na Mata do Camarido”. Interrogado sobre as críticas de que a autarquia foi alvo acerca destes trabalhos neste espaço florestal “não há muitos aplausos no trabalho de gestão florestal, não há apoio popular. As pessoas nem sempre compreendem a importância deste tipo de trabalho, o que compreendem é que quando não é feito e as desgraças acontecem aí sim, há a preocupação da crítica”, acrescentando – “não nos preocupam os aplausos, serve-nos a sensação do dever cumprido”.

Sobre esta visita, o Secretário de Estado, Paulo Catarino explicou: “estas visitas servem para aproximar as câmaras municipais das áreas protegidas e para ver o trabalho que tem sido feito pelo ICNF com a colaboração estrita da Câmara Municipal de Caminha, que tem sido um parceiro importantíssimo no trabalho que o ICNF aqui tem desenvolvido”.

Sobre o trabalho que tem sido realizado, Rui Batista, gestor da Mata Nacional do Camarido, explicou que a Mata tem sido alvo, desde 2010, de intervenções estruturantes e contínuas de rearborização e rejuvenescimento do pinhal mais antigo, eliminação de invasoras e plantação de espécies autóctones. Um trabalho que corresponde por inteiro ao Plano de Gestão Florestal aprovado em 2010.

Miguel Alves sublinhou a estratégia do concelho para valorização de espaços florestais: “temos o trabalho estruturado na Mata Nacional do Camarido. Temos uma candidatura submetida para valorização da Mata Nacional da Gelfa, que prevê a realização de uma ecovia que vai atravessar a Mata. Temos realizado trabalhos nas faixas de gestão de combustível das redes primária e secundária. Estamos a concretizar uma candidatura no âmbito da Defesa das Florestas Contra Incêndios no valor de meio milhão de euros. Temos um trabalho intenso na valorização da Serra d’Arga. Estamos a preparar uma candidatura para podermos transformar a Serra d’Arga numa área protegida de interesse regional”.