Acuso ao povo judeu.

Do massacre, genocídio, destruição, arrasamento e anexão de facto de Gaza, do extermínio por bombas, fame e sede do povo palestino, do colonialismo infame sobre a Cisjordânia e das suas agressões a países limítrofes. A um povo judeu que inexplicavelmente os médios informativos e comunicados políticos branquejam semântica e equivocadamente com denominações como Israel, israelita, hebreu ou semita.

Há habitantes ou nascidos no Estado de Israel, com essa nacionalidade, que podem ser árabes ou cristãos que, logicamente, rejeitam essas atrocidades. O hebreu é um antiquíssimo povo semita nómada, fugido de Egipto e atualmente inexistente. Semita, inclui vários grupos étnicos, entre eles israelitas e judeus. Judeu é qualquer indivíduo que pratique o judaísmo.

Povo judeu é uma coletividade étnico-religiosa cultural, social e linguística descendente do povo hebreu e dos antigos judeus do levante mediterrâneo, vem-lhe o nome do Reino de Judá (1.000 anos a.c.) e do filho do patriarca Bíblico Jacob, chamado Judá. O povo hebreu, fugido de Egipto, atravessou o Mar Rojo, chegando ao Sinai, e depois de vagar 40 anos polo deserto, liderados por Josué entrarem em Canaan onde as 12 tribos venceram aos cananeus, apoderando-se do seu país, degolando aos 5 reis, sacrificando a homes mulheres e nenos, destruindo Jericó e arrasando com fogo tudo o que toparem a seu passo (que me lembrará todo isto?). Constituíram depois o Reino de Judá. Passou o povo judeu por diversos avatares na Idade Antiga, produzindo-se uma certa diáspora na Idade Media, especialmente a Europa onde foram com frequência perseguidos e expulsados da maioria de países (incluso de Espanha e do Vaticano).

Este povo judeu que sofreu a barbárie e genocídio nazi nos campos de extermínio (também outros povos como o cigano, comunistas e republicanos espanhóis, que não o rentabilizaram do mesmo jeito) concitou a simpatia e solidariedade gerais, a pesar da sua atitude colonialista depois de outorgar-lhe a ONU um território próprio (na Península da Palestina, pátria e terra do povo palestino) e de seus desplantes aos mandatos e requerimentos da ONU, sempre frenadas suas execuções polo voto dos USA e Reino Unido. Seu desprecio á dignidade, direitos humanos e materiais do povo palestino foi minando lentamente aquela simpatia o que não impediu que houvera uma condena geral no atentado de Hamas, injustificável, mas totalmente compreensível (polos mais de 50 anos de assassinatos, sofrimentos, repressão, indefensão, desalojos, encarceramentos, ilegalidade).

“Este povo judeu que sofreu a barbárie e genocídio nazi nos campos de extermínio (…) concitou a simpatia e solidariedade gerais (…) Seu desprecio á dignidade, direitos humanos e materiais do povo palestino foi minando lentamente aquela simpatia”

O governo do Estado israelí, capaz de identificar aos que deram morte aos atletas judeus nos jogos olímpicos de Munich e executá-los extrajudicialmente, que seletivamente podia escolher suas vítimas em qualquer lugar que se a topassem, optou por ir assassinando indiscriminadamente a todo palestino gazetei e destruir seu habitat vital, com a aprovação entusiasta de todo o povo judeu que já, não só no Estado de israel senão também todas as comunidades espalhadas polo mundo, celebrarem o inicio do genocídio e pudemos ver imagens de TV de bombardeios e mortos indiscriminados e outras simultâneas de judeus israelitas disfrutando nas praias ou com sua vida normal nas cidades e terras, aproveitando todo o rebombo internacional para roubar novas terras e vivendas a pacíficos palestinos na Cisjordânia (longe de Gaza). Esto também é holocausto.

Identificam-se como parte do povo judeu aproximadamente 7.300.000 em USA 7.100.000 em Israel, 442.000 em Francia, 394.000 em Canadá, 292.000 em GB, 145.000 em Rússia, 40.000 em Ucrania e comunidades inferiores aos 30.000 em Bélgica, Itália, Países Baixos, Suécia, Espanha (13.000) e outros.

O horror da destruição e morte só poderá ter semelhanças com a conquista de Canaam. Destruída toda Gaza, assassinados mais de 65.000 gazeteis, entre eles metade nenos, e outros tantos feridos irrecuperáveis, agora vai pola invasão total, impedindo a chegada de comida e agua, com o que os assassinatos já não são com bombas ou ametralhamento nos escassos lugares de reparto de mísera comida, que também por fame e sede.

As únicas protestas que se escoitarom a esta barbárie das comunidades judeas, do povo judeu, forom para liberar aos reféns que ainda mantem Hamas. Os USA, colaboradores necessários no genocídio, intimidam a todo o que defende ao povo palestino, solidarizando-se com a sua comunidade judia. E o mundo que em algum tempo se puído chamar civilizado se acovarda ante um povo judeu desbocado e ameaçador.

Deixemos a semântica. Nem israelitas nem hebreus. É povo judeu (sempre haverá excepções)

Advogado. Ourense - Vigo - Porto

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