Solar já deu lugar a Hotel de Cinco Estrelas em Arcos de Valdevez

Num investimento de 4,1 milhões de euros que criou 35 postos de trabalho

Arcos de Valdevez | O solar setecentista de Requeijo, em Arcos de Valdevez, reabriu transformado em hotel de cinco estrelas, num investimento de 4,1 milhões de euros que criou 35 postos de trabalho.

A nova unidade hoteleira do grupo Luna Hotels & Resorts, a segunda daquele operador turístico em Arcos de Valdevez, é composta por 27 quartos e suites.

Doze quartos estão localizados no edifício principal do solar, classificado como Imóvel de Interesse Público e construído em finais do século XVII.

Os restantes 15 quatros foram criados nos terraços do solar, um imóvel complementar, de estilo contemporâneo, ligado ao principal por passagens subterrâneas.

Situado na antiga Quinta do Requeijo, na margem esquerda do rio Vez, na União de Freguesias de Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela, a nova unidade vai proporcionar uma resposta “diferenciadora” aos turistas e “qualificar a oferta” do concelho, que “dispõe de alojamento para cerca de 1.600 pessoas”, disse, no início deste ano, o presidente da Câmara. “A oferta hoteleira que se tem vindo a instalar, é, cada vez mais, de qualidade superior, indo ao encontro do nível da procura por um concelho de beleza singular, dinâmico e com uma agenda cultural de referência nacional”, adiantou.

Segundo informação que consta na página oficial da Direção-Geral de Património Cultural (DGPC), na Internet, o solar, situado no interior da Quinta do Requeijo, é uma construção setecentista, que reflete, nas suas opções arquitetónicas, um dos modelos de casa nobre que conheceu grande fortuna no Norte do país (entre outros, Paço de Calheiros e Paço de Bertiandos em Ponte de Lima, e solar dos Pinheiros em Barcelos)”.

As “duas torres, nos extremos do edifício e ligadas entre si através de um corpo mais baixo e longitudinal, inscrevem a casa de Requeijo nas denominadas ‘casa-torre’, de origem medieval, mas cuja influência foi determinante na arquitetura civil dos séculos seguintes”.

Já a capela, implantada num dos extremos da casa, liga-se a esta através de um passadiço, e é uma edificação mais tardia, pois os elementos decorativos são mais característicos de um gosto rococó, da segunda metade do século XVIII. O imóvel foi adquirido, na sua totalidade, pela Câmara Municipal, com aprovação da Assembleia, em 1999. Chegou ainda a ser utilizado pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) como centro residencial de formação empresarial.