Museu Bienal de Cerveira integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea

Sendo o primeiro equipamento cultural do Alto Minho em integrarse

Vila Nova de Cerveira | O Museu Bienal de Cerveira é o primeiro equipamento cultural do Alto Minho a integrar a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC). A decisão de deferimento foi comunicada à Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) na passada sexta-feira pela Direção-Geral das Artes (DGARTES), entidade designada pelo Governo para a coordenação do procedimento de adesão.

Criada através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 50/2021, de 11 de maio, a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) tem como objetivos valorizar e ampliar o acesso e a divulgação da arte contemporânea produzida em território nacional, promover o trabalho em rede e contribuir para aumentar as práticas de descentralização estabelecendo sinergias entre espaços expositivos, colecionadores, programadores, curadores e artistas visuais.

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira é uma das 58 entidades da RPAC que dinamizam 66 espaços de fruição e criação artística no âmbito da arte contemporânea, assegurando uma ampla cobertura do território nacional. Os equipamentos encontram-se dispersos por 36 concelhos em Portugal continental e regiões autónomas, nomeadamente 6 no Alentejo, 3 no Algarve, 16 na Área Metropolitana de Lisboa, 14 na Região Centro, 24 no Norte (14 na área Metropolitana do Porto), 2 na Região Autónoma da Madeira e 1 na Região Autónoma dos Açores.

Para o Presidente da FBAC, Rui Teixeira: “Este é mais um reconhecimento atribuído ao trabalho de excelência e proximidade que é desenvolvido pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira e a prova de que são cumpridos padrões de rigor e de qualidade no exercício das nossas atividades culturais e artísticas”.

A RPAC pretende, assim, apostar na valorização de boas práticas das entidades, dado que na definição dos critérios de adesão a esta Rede foram distinguidos requisitos específicos no sentido de fomentar uma atividade continuada com programação regular, priorizar o estabelecimento de relações laborais estáveis e garantir ao público, artistas e técnicos as condições de acessibilidade física, social e intelectual, bem como os princípios da igualdade em todas as suas dimensões, da diversidade e da inclusão na fruição e participação culturais.

Na apreciação realizada, a Direção-Geral das Artes aferiu que a FBAC “tem na sua missão a promoção de atividades de valorização e dinamização da arte contemporânea, assegurando um acesso público regular, atividades de mediação de públicos e uma programação cultural própria”.

A rede pretende, assim, ampliar o acesso e a divulgação da arte contemporânea produzida em território nacional, conferindo-lhe centralidade, capacitando os seus agentes, promovendo o trabalho em rede, reforçando a sua visibilidade pública e contribuindo para o incremento de práticas de descentralização e para a correção de assimetrias. “A RPAC afigura-se um importante passo dado pelo Governo para a construção de políticas públicas inclusivas e descentralizadas no domínio da cultura e das artes, que vêm reconhecer a importância da ação de entidades como a FBAC no desenvolvimento cultural e socioeconómico e na coesão dos territórios”, acrescentou Rui Teixeira.

De referir que, segundo a DGARTES, será divulgado em abril, o teor do aviso do Concurso de Apoio à RPAC com as linhas de apoio destinadas a projetos de coorganização e circulação de exposições, de mediação e de formação, que em 2023 apresenta um valor de dois milhões de euros.