Contra a Guerra da OTAN/UE, Galiza pola Paz!

Paulo Peres Lago

Resposta a Xoán Carlos Caballero

Há uns dias que olhei, como habitualmente fago, os artigos e notícias que se difundem neste meio de comunicaçom, e chamou-me especialmente a atençom o texto publicado polo professor do CEIP de Salvaterra, Xoán Carlos Caballero, intitulado “Que farias ti num ataque preventivo da URSS?”. Um artigo que disfarçado de “brincadeira”, mistura o pánico inoculado aos setores populares polas élites globalistas europeias, perante um suposto “ataque russo” para justificar os seus perversos planos, junto com o anticomunismo mais visceral. Eis por esta razom, que decidim responder.

Em primeiro lugar, já postos a consultar um oráculo prefiro ter em conta os prognósticos do Comandante Fidel Castro quando afirmou que “A próxima guerra na Europa será da Rússia contra o fascismo, somente que ao fascismo se lhe chamará democracia.” Bastante mais fiável, que a letra de um grupo de punk da “movida madrilena”, com umha criatividade espoleada polo consumo.

Há alguns que aproveitam qualquer ocasiom para sacar a passeio o seu anticomunismo. Quando som influenciados pola perspetiva histórica promovida pola ótica imperial presente em filmes de Hollywood ou nos debuxos animados da Disney, os resultados som os que som. As tentativas queira ou nom, de infundir medo comparando a URSS com a atual Federaçom Russa, inclusive com as instruçons a seguir para “proteger-se” de um ataque preventivo, som umha falácia descomunal que segue a linha da OTAN, o capital financieiro, e o seu braço político, os burócratas empoleirados nessa coelheira fedorenta que é a UE, casualmente responsáveis de que cada vez mais amplos setores do povo trabalhador tenham a neveira esvaziada ou nom poidam pagar um aluguer.

Mesmo com a mesma e aparente brincadeira que carateriza ao seu artigo, pudessemos dizer que o professor, é vítima de umha espécie de síndrome de Estocolmo, atuando como um cam que guarda o palácio do dono, mas durme na caseta. E sabemos também que ao igual que como professor, bem conhece a aniquilaçom da URSS em 1991, também deveria ser consciente o que supujo a posterior e selvagem imposiçom do capitalismo neoliberal nos povos da antiga Uniom Soviética mediante um golpe de Estado e o despreço polo resultado do referendo no que o povo soviético optou pola continuidade da URSS. As suas consequências som vissíveis aqui, lográrom converter-nos em zombies desclassados e indigentes.

“Mesmo com a mesma e aparente brincadeira que carateriza ao seu artigo, pudessemos dizer que o professor, é vítima de umha espécie de síndrome de Estocolmo”

Nomea Europa como “noiva desconcertada”, ai já quigera… Após 1945, e com a finalidade de “salvá-la”, os EUA, vinhérom, ficárom e ocupárom parte do continente com bases militares, impugérom o dólar, a sua cultura (Hollywood), modo de vida, e economia de livre mercado, com as suas empresas em posiçom dominante. Europa ocidental foi submetida e a sua soberania sequestrada.

A dirigência política europeia submissa e rastreira, comportou-se como o mordomo do imperialismo ianque, ignorando aos seus próprios povos. Umhas élites europeias, títeres do globalismo financiero, que inoculam medo para submeter-nos, e roubar-nos o pouco que fica do Estado de benestar, cortando com motoserra os direitos e liberdades atingidos com luita e sangue nas ruas.

O professor compara a URSS com a atual Federaçom Russa, mas nada comenta sobre o filonazi de Zelenski e a sua camarilha de ‘banderistas’, tampouco menciona as matanças do seu próprio povo no Donbass, nem sobre a proibiçom da prática totalidade dos partidos da oposiçom, tráfico de órgaos, armas ou os laboratórios de armas biológicas. Nom comenta absolutamente nada sobre o recrutamento forçado, sobre a baixada de idade no recrutamento de 25 anos aos 18. Na maioria das vezes quando calamos o transcendental e vissibilizamos o supérfluo, na realidade estamos ocultando sob aparência ilustrada o crime e a mentira.

Quando menciona que nengum conflito bélico, dura mais de três dìas pergunto-me onde estaria durante os mais de 10 anos de guerra na Ucrânia, ou os 20 da invasom no Afeganistám polos EEUU. Falarmos a ligeira dum conflito armado sem por na mesa as vidas que serám sacrificadas, as que serám traumadas, as famílias rotas, as crianças orfas, as infraestruturas civis destruidas. Em definitiva, do horror da guerra da qual nom se deveria falar com tanta liviandade.

E por rematar, eu sou dos que prefero dar-lhe umha patada ao kit da risa, e trataria de blindar-me com umha fouce, um martelo, consciência de classe, e a valentia e coragem do iemenitas para confrontar ao nosso verdadeiro inimigo, o imperialismo anglo-ianque-sionista.

“Estam arrastando-nos à III Guerra Mundial. Depende de nós evitá-lo. Som horas de movimentar-nos pola Paz”

Estam arrastando-nos à III Guerra Mundial. Depende de nós evitá-lo. Som horas de movimentar-nos pola Paz, contra os gastos militares, em defesa das conquistas sociais, laborais e liberdades, contra a guerra que artificialmente a UE, a OTAN, e os seus peons locais do PSOE e PP, preparam contra a Rússia. “Nem guerra entre povos, nem paz entre classes”.

Paulo Peres Lago (Comité Antifascista da Lourinha)

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